A consignação e consequente lançamento da primeira pedra das obras de conclusão do Projecto do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) nesta Terça-feira, 21 de Setembro de 2021, na Barra do Dande, provincia do Bengo, abre novas perspectivas sociais e económicas para Angola e para o Bengo em particular.

O projecto é composto por uma infra-estrutura marítima de grande porte, com três unidades, contemplando entre outras componentes linhas de descarga para navios até 150 mil toneladas em 24 horas, berços para atracagem, quebra-mar e 16 tanques para o armazenamento de combustíveis (13 serão adicionados em fases posteriores do Projecto para atingir os 29 previstos).

O Terminal a ser erguido numa extensão de 380 hectares durante 17 meses pela empreiteira Odebretch ECI,SA com um orçamento de cerca de 500 Milhões de dólares (aproximadamente 317 Mil Milhões de Kwanzas), será fiscalizado pela DAR com um custo avaliado em 19,5 milhões de dólares. 

O TOBD vai ter uma capacidade de armazenamento numa primeira fase de 582 mil metros cúbicos de derivados do petróleo (Gasóleo, Gasolina e LPG) e proporcionará 3.500 empregos directos nos trabalhos de construção.

A governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, que descerrou a placa da primeira pedra, ao dar as boas-vindas enfatizou "… uma iniciativa com esta dimensão traz inúmeras valias para a nossa província­, quer seja na melhoria das infra-estruturas de apoio ao terminal, nomeadamente no âmbito das vias de comunicação, assim como no reforço ao fornecimento de energia e água à região”.

A responsável destacou ainda a "…criação de empregos em massa para as populações locais, quer na realização das obras, quer na operacionalização do projecto, produzindo impacto positivo na melhoria da sua qualidade de vida”.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, que procedeu ao lançamento da primeira pedra, sublinhou na intervenção de abertura da cerimónia que "... é um projecto de relevância nacional enquadrado no PDN 2018-2022 que em sinergia com outras iniciativas e infra-estruturas do sector permitirá ao país assegurar a segurança energética, factor determinante para o desenvolvimento económico e social”.