A governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, mostrou-se preocupada com o elevado número de casos positivos de HIV-SIDA detectados localmente, num total de 885, de Janeiro a Novembro de 2021, num universo de 16.766 testes realizados.

Comparando com o número de 879 casos registados em igual período de 2020 houve um ligeiro aumento, o que para a governadora não deixa de ser inquietante.

Para continuar a combater o flagelo, Mara Quiosa disse que "o Executivo Angolano já anunciou a revisão da Lei sobre o HIV/SIDA, de modo a que possa estar adequada ao contexto actual e dê resposta a inúmeras reclamações sobre a descriminação”.

A responsável valorizou o papel nuclear da família na educação, compreensão e divulgação dos riscos e formas de contágio e quanto aos cuidados a ter para não contrair a doença. Ao mesmo tempo que deve ser feita a sensibilização aos doentes para cumprirem os devidos tratamentos.

"Vamos reflectir e sensibilizar sobre a existência do vírus, sermos mais responsáveis
nos nossos actos e contribuir para a redução do índice de contaminação, assim como lutar contra o preconceito e os tabus”, concluiu.

De acordo com a directora provincial interina da Saúde, Dra Nsimba Nlandu, o país tem uma taxa de prevalência de 2%, e o Bengo conta com 451 novos casos em tratamento, entre os quais 379 adultos, 68 gestantes e 4 crianças.

A directora apresentou a desistência ao tratamento por parte dos doentes como principal razão do agravamento de certos casos, com o registo de 13 óbitos, incluindo uma criança (entre as 12 que estiveram expostas).

A anteceder o acto, os profissionais de Saúde realizaram uma marcha.