O Ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, em companhia da Governadora Provincial, Maria Antónia Nelumba, procedeu Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024, na comuna de Paredes, município dos Dembos, no Bengo, a abertura Nacional do Ano Agrícola 2024/2025, sob o lema: " Agricultura Familiar Caminho Certo Para O Aumento Sustentável Da Produção Agrária".

O Acto realizada na data em que o mundo celebra o dia Internacional de alimento, serviu também para o lançamento formal

Do Financiamento da Mecanização ligeira contemplado no programa Osi Yetu de aceleração da agricultura familiar e o reforço da segurança alimentar, promovido pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola (FADA).

Nessa senda, o FADA trouxe 12 equipamentos agrícolas dos quais 6 tratores e 6 mini tratores, entregues a cooperativas e não só, avaliados em 411 milhões de Kwanzas.

Relativamente a presente campanha agrícola 2024/2025, os dados do Ministério da Agricultura apontam a inclusão de um total de 1 milhões 182 mil 447 agricultores familiares dos 3 milhões 100 mil que o país conta.

Foram preparados seis milhões de terra dos quais 5 milhões 400 mil para agricultura familiar e 600 mil para agricultura empresarial, estão ainda disponíveis a nível nacional, 11 mil 745 toneladas de sementes e 50 mil 623 toneladas de fertilizantes, 222 mil 371 equipamentos e instrumentos de trabalho, dos quais 82 por cento são catanas e enxadas.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Florestas, com estas condições criadas , espera-se na presente campanha obter-se um crescimento da produção agrícola até sete por cento.

Na sua intervenção de abertura, o Ministro António Francisco de Assis, que felicitou e agradeceu a província do Bengo pelo seu apoio e colaboração para êxito do acto, recomendou as províncias como Bengo, Uíge, Zaire, Malanje e Moxico a continuar a consolidar o cultivo da mandioca e começar a pensar no processo de Transformação deste produto porque " a mandioca não serve apenas para fazer farinha e fuba, há outros produtos que podem ser obtidos a partir dela e muitos deles até com cotações internacionais muito grande que se nós conseguirmos essa transformação poderemos exportar e obter mais divisas para o país, disse.

Outra aposta para a presente campanha é o desenvolvimento do cultivo de arroz, do milho e do trigo, para minimizar imensos gastos em divisas para importação do arroz mas também o desenvolvimento das culturas do milho e trigo é capaz de trazer mais-valia a economia nacional e contribuir significativamente

Para segurança alimentar no país, ressaltou o Ministro.

A Governadora Provincial Maria Antónia Nelumba, na oportunidade, na qualidade de anfitriã, na sua intervenção de boas vindas, manifestou a satisfação pela escolha do Bengo para albergar a referida abertura, referiu que a província tem cerca de 1 milhão de hectares de terras aráveis, tendo como culturas mais predominantes a banana, batata-doce, feijão, mandioca, Ginguba e batata rena, praticada por cerca de 70% da população, onde o Governo Provincial, controla um total de 156 associações de camponeses e 187 cooperativas agropecuárias.

Para a presente campanha agrícola 2024/2025, referiu ainda a Governadora, a Província do Bengo conta com 100 toneladas de sementes diversas e 250 toneladas de fertilizantes, perspectivando um aumento do número de produção

agrícola e apoiar cerca de 43.592 famílias camponesas.

A Governante que sublinhou que desenvolvimento da agricultura é o indicador decisivo da estabilização das populações no meio rural, no combate à fome, na redução da pobreza e é indubitavelmente, a estrutura primária da diversificação e estabilização da economia nacional, apelou a todos que apostaram em trabalhar a terra a aumentarem as áreas de produção, visando garantir a segurança alimentar local e a comercialização do excedente para além das nossas fronteiras.

O Acto foi marcado ainda pela demonstração das escolas do campo do Bengo, que tem um total de 141 Escolas, a entrega de insumos e inputs agrícolas aos agricultores, exposição agrícola e não só.

Participaram do Cato várias entidades nacionais e locais, entres elas o representante da FAO, Paulo Dias, o Secretário de estado para a Agricultura e Pecuária, Eng. Castro Paulino Camarada,

o príncipe dos Dembos, Sua Alteza Dom Félix Fula, Diretores Nacionais, Gerais e Provinciais de Diferentes Departamentos Ministeriais, PCA, da MADANG, FUNDO DO CAFÉ e do FADA, Administradores Municipais, Feirantes, Expositores, Cooperativas Agrícolas e Agricultores de uma maneira geral.