No âmbito do Projecto de Apoio à Pesca Artesanal e Aquicultura, os Observadores Comunitários de Pescadores da localidade do Zenza do Golungo, comuna do Úcua, província do Bengo, beneficiaram hoje, 30 de Agosto, de 8 embarcações equipadas com motores fora do bordo (potências de 25 KVA e 15 KVA), para actividade de fiscalização na lagoa com o mesmo nome.
A acção é uma continuação do projecto de apoio as comunidades, uma das vertentes muito importantes para a preservação de recursos, afirmou o director geral adjunto para Área Técnica do Instituto da Pesca Artesanal (IPA), Henrique Gonçalves.
"Com a fiscalização, vamos criar balizas de quando é que podemos ir pescar e que tipo de rede usar na lagoa”, acrescentou o responsável.
A entrega foi feita pelo Vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, José Francisco Bartolomeu Pedro - em representação da governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa - referindo que a aquisição deste meio resulta de uma solicitação do Governo Provincial ao ministério da Agricultura e Pescas, para potenciar os fiscais (Observadores Comunitários de Pescadores) e permitir uma acção mais eficiente e eficaz.
O representante do Conselho Comunitário de Pesca a nível dos sete sectores do Zenza do Golungo, Ramiro Manuel Gama, reconheceu os benefícios que o projecto já trouxe à comunidade, através da entrega de Kit de saneamento, Kit de pesca, Kit de horta comunitária, material para apoio a construção de latrinas familiares e colectivas, construção de jangos nas comunidades, alfabetização e suporte dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário (ADECOs).
O projecto de Apoio a Pesca Artesanal e Aquicultura é co-financiado pelo Governo de Angola e Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) - num valor global para o pais que ronda os 12 milhões de dólares americanos - encontrando-se já na fase final, com implementação no Bengo (comunidade do Zenza do Golungo) desde 2018, incluindo várias acções de formação sobre gestão pesqueira, nutrição e alfabetização, no intuito de reduzir a fome e a pobreza, referiu a coordenadora do projecto, Ana Daniel Queiroz.