A incidência da patologia foi de mais de 2 milhões e a mortalidade atingiu cerca de 700 mil, em 2020, no mundo. Um quarto dos casos ocorre em pessoas com menos de 50 anos e 5% em pessoas com menos 35 anos. Para Angola, a incidência nesse período foi de mais de 3 mil e a mortalidade fixada em mais de 1.000.
Dados apresentados pela médica ginecologista e obstetra, Manuela Sotto Maior, durante a palestra sobre "Prevenção e Rastreio do Cancro da Mama e do Colo do Útero" realizada em Caxito, província do Bengo, nessa segunda-feira.
A palestra realizada no âmbito da celebração do dia mundial da luta contra o cancro da mama, comemorado a 19 de Outubro, sob o lema "Por Cuidados Mais Justos, e Um Chamado Para União de Vozes", persegue o objectivo, de acordo com Raul Goulão, Director do Gabinete Provincial da Saúde, de "vincar o compromisso em tudo fazer para que as acções de sensibilização, formação e informação sejam um facto no contexto do Outubro Rosa, que institucionaliza a conscientização para a luta contra o cancro da mama".
Letícia Chivava, guerreira, vítima do cancro da mama contou na primeira pessoa, as vicissitudes por que passou e o contributo que tem emprestado à luta contra essa doença.
O Vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, José Francisco Bartolomeu Pedro que no acto representou a Governadora Provincial do Bengo, Maria Antónia Nelumba, na sua intervenção de abertura, recomendou o engajamento da sociedade, juntando-se aos esforços do governo na luta contra esse flagelo "o número de mortes por cancro da mama passou de 6,2 para 10 milhões em 20 anos, isto de 2000 a 2020, com perspectivas de aumento na ordem dos 50 porcento”.
O movimento internacionalmente conhecido como "Outubro Rosa" simboliza a luta contra o câncer de mama que começa nos anos 90 do século XX, quando a fundação "Susan G. Komen for the Cure" distribuiu laços cor de rosa para os participantes da primeira corrida pela cura, promovida anualmente desde 1990.